Por Rick Boxx

O medo, todos sabem, pode exercer forte influ�ncia na moldagem do nosso comportamento. Voc� j� considerou o efeito que o medo pode ter nas escolhas que fazemos no ambiente de trabalho?

Um estudo do Barna Group revelou que 17% das pessoas pesquisadas disseram ter tomado muitas decis�es �ticas por medo. Elas chegaram a suas decis�es n�o por causa de suas fortes convic��es sobre o que � correto e apropriado, mas sim movidas pelo desejo de evitar consequ�ncias indesej�veis caso suas escolhas fossem diferentes.  

Isto se mostrou verdadeiro em minha pr�pria experi�ncia, pouco depois de ter iniciado minha carreira nos neg�cios. Bem cedo, como perito cont�bil, devido a um erro cometido no passado, eu tinha medo de perder meu emprego. Quando um chefe disse-me para fazer algo ilegal com um cliente, meu medo aflorou. Embora soubesse que o que estavam pedindo que eu fizesse era errado, cedi e fiz o que me disseram para evitar ser demitido. 

Jamais esqueci esse epis�dio e, embora nunca tivesse que enfrentar medidas disciplinares, ele me levou a repensar a forma como fazia minhas escolhas, tanto no trabalho quanto na minha vida pessoal. Medo, decidi, jamais seria um fator que justificasse qualquer viola��o da conduta �tica apropriada. 

� claro que nem sempre o medo leva a um comportamento ilegal ou anti�tico. N�s tomamos decis�es sobre investimentos baseadas no medo, acreditando que nosso bem estar financeiro est� em jogo. Quando nos confrontamos com um concorrente poderoso na busca para atrair um cliente importante, podemos fazer promessas que sabemos que n�o poder�o ser satisfeitas. Fazemos horas extras no trabalho, pondo em risco a sa�de e sacrificando o tempo priorit�rio com nossa fam�lia, por medo de n�o sermos capazes de satisfazer as expectativas de nossos gestores. 

O medo pode tentar-nos a fazer coisas que reconhecemos serem erradas, mas n�o precisamos nos render a essas tenta��es. Podemos estabelecer limites, determinando antecipadamente em que �reas n�o transigiremos com nossas convic��es e valores. Por�m, ainda mais importante, precisamos ter em mente Aquele a quem devemos permitir ter a �ltima palavra nas coisas que decidimos fazer ou n�o. 

A B�blia, Deuteron�mio 10.12, nos ensina: �E agora, � Israel, que � que o Senhor, o seu Deus, lhe pede, sen�o que tema o Senhor, o seu Deus, que ande em todos os Seus caminhos, que O ame e sirva ao Senhor, o seu Deus, de todo o seu cora��o e de toda a sua alma�. 

As Escrituras falam muito a respeito do temor a Deus � n�o o medo de que Ele irado v� nos atingir com um raio � mas um profundo senso de rever�ncia e respeito, reconhecendo que Ele nos colocou onde estamos para honr�-lo e represent�-lo. Ele nos confiou os talentos e habilidades que possu�mos para Seus prop�sitos. As exig�ncias de nossos gestores jamais deveriam se sobrepor �quelas do Deus que cultuamos e servimos. 

As muitas experi�ncias no mundo empresarial e profissional me ensinaram importante verdade: as melhores decis�es �ticas decorrem de temer e amar a Deus, mais do que a qualquer gestor, n�o importa quanto poder e influ�ncia ele tenha na organiza��o. Os caminhos de Deus s�o sempre os melhores. 

Próxima semana tem mais!