Por Robert Tamasy

Anos recentes t�m sido arruinados por horrendos atos de viol�ncia no ambiente de trabalho. Especialistas se esfor�am para apontar causas e solu��es para tais incidentes. Existe, contudo, uma forma diferente de comportamento violento que recebe pouca aten��o, mas todos os dias causa grandes males. Eu me refiro � devasta��o e ferimentos cru�is causados pelo uso indevido ou pelo abuso de uma �arma� que todos n�s possu�mos: a l�ngua.

Observamos situa��es em que o gerente chama a aten��o do liderado de maneira furiosa e impr�pria. Colegas cuja discuss�o evoluiu para disc�rdia e da� para uma s�rie de coment�rios �speros e depreciativos de ambas as partes. Cliente que atacou o Caixa da loja por algo que achou errado, cego para o fato que o funcion�rio fez o poss�vel para contornar a situa��o. 

Com ajuda da tecnologia o perigo da l�ngua afiada expandiu-se para o dom�nio virtual. De maneira precipitada pessoas maldosamente engendram e-mails e SMS ou gravam mensagens expressando sua c�lera. Sentimos-nos inclinados a compartilhar pensamentos que n�o poder�amos nos dar ao luxo de liberar, pela via de escape das m�dias sociais.  

Este problema n�o � novo. Bem antes de qualquer um sonhar com Internet, o presidente Harry Truman reconheceu o perigo da comunica��o feita antes que o tempo pudesse acalmar as emo��es em ebuli��o. Ele estabeleceu uma regra pessoal: qualquer carta escrita num momento de ira deveria permanecer 24 horas na escrivaninha antes de ser enviada. Somente depois deste �per�odo para acalmar os �nimos�, se nada mudasse, ela seria enviada. Ao final de sua vida Truman tinha acumulado cartas n�o enviadas suficientes para encher uma grande gaveta.

A B�blia aborda o assunto em in�meras passagens, como em Tiago 3.5-9: �A l�ngua � um pequeno �rg�o do corpo, mas se vangloria de grandes coisas. Vejam como um grande bosque � incendiado por uma simples fagulha. Assim tamb�m, a l�ngua � um fogo...[que] ningu�m consegue domar. � um mal incontrol�vel, cheio de veneno mort�fero. Com a l�ngua bendizemos o Senhor e Pai, e com ela amaldi�oamos os homens, feitos � semelhan�a de Deus� .  

Eu admito ter sido culpado tamb�m nessa �rea. Durante muitos anos, sempre que a ira fervia, eu cuspia palavras verbalizando meu descontentamento. Assim eu aliviava minha frustra��o, mas causava grandes danos aos meus leitores. Ent�o, aprendi duas li��es importantes para lidar com essa perigosa arma: 

Pense antes de falar. Geralmente nos sentimos totalmente justificados naquilo que estamos pensando, mas express�-lo pode causar mais mal do que bem. �Quando s�o muitas as palavras, o pecado est� presente, mas quem controla a l�ngua � sensato�  (Prov�rbios 10.19). 

Procure edificar e n�o destruir. Quando irados, usamos palavras para atacar os outros, mas � muito mais produtivo us�-las para aben�oar pessoas e oferecer encorajamento. �Nenhuma palavra torpe saia da boca de voc�s, mas apenas a que for �til para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda gra�a aos que a ouvem� (Ef�sios 4.29). 

Próxima semana tem mais!